Quando me recortdares, tiveres saudades
lembra-te dum batel a entrar no rio
no movimento ritmado dos remos
Entre o azul do céu e o bramido das aondas
verás que sou foz, uma espada vencendo as nuvens
(sem desistir e sem pressa)
Cabe-te a ti decidir se queres ser a estrofe
ou o poema esculpido nos lábios, o livro
(a luz contra a penunbra)
Pergunto ao mar se vem bom tempo, enquanto,
(no teu corpo)
vou desenhando as margens do rio
Neste deserto a que chamam presente
(sozinho)
confraternizo com a fome de ti…
António Alves

Um poema de saudade(?).
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